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CDU LUMIAR

Blogue conjunto do PCP e do PEV Lumiar. Participar é obrigatório! Vê também o sítio www.cdulumiar.no.sapo.pt

CDU LUMIAR

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CDU apresentou lista com críticas ao Tratado de Lisboa

Sobreda, 31.03.09

 

A CDU garantiu ontem, durante a apresentação da lista de candidatos às eleições europeias, que vai continuar a lutar contra o Tratado de Lisboa, criticando as social-democracias europeias e a sua relação com os EUA.
“É necessário reforçar a esquerda vinculada com os interesses dos trabalhadores e demarcada da social democracia, a esquerda apostada na cooperação e na luta contra a ofensiva concertada do grande capital e na defesa por uma outra Europa, por isso, o projecto da CDU dá continuidade à luta dos que se opuseram à dita constituição europeia e ao projecto de Tratado de Lisboa”, afirmou a cabeça de lista da CDU às europeias, Ilda Figueiredo.
A eurodeputada, eleita desde 1999, falava na apresentação da lista de 30 candidatos da CDU - constituída pelo PCP e pelo “Os Verdes” - às eleições europeias de 7 de Junho em Lisboa, onde também o mandatário da lista, o professor catedrático de Coimbra António Avelãs Nunes, teceu críticas à “Europa de cócoras perante” os EUA.
Na sua intervenção, Ilda Figueiredo disse querer que haja “consequências da vitória do ‘Não’ nos referendos da França, Holanda e Irlanda”, uma vitória “que veio demonstrar que há um fosso cada vez maior entre a vontade dos povos e a decisão da maioria dos políticos nos governos e nos parlamentos”. “Daqui denunciamos as pressões das grandes potências europeias para imporem um novo referendo na Irlanda ainda este ano, tal como denunciamos o não cumprimento aqui em Portugal da promessa de referendo sobre o projecto de Tratado de Lisboa”.
Neste sentido, Ilda Figueiredo - que integra uma lista composta por 16 mulheres e 14 homens - considerou ainda que “não é na promoção de soluções numa dinâmica de factos consumados” nem um “qualquer aprofundamento do projecto classista da União Europeia que dá resposta aos graves problemas que afectam os trabalhadores”.
“Não estamos condenados aos directórios das grandes potências, ao reforço e à crescente intervenção militar, cada vez mais aliada aos Estados Unidos como as comemorações dos 60 anos da NATO estão a demonstrar”, acrescentou.
Já o mandatário Avelãs Nunes destacou a presença de José Saramago na lista da CDU - em décimo lugar - e acusou que à imagem da "social-democracia europeia" os “socialistas portugueses são os principais responsáveis pela construção de uma Europa condenada à falência”.
Avelãs Nunes rejeitou ainda uma “harmonização do sistema social que só pode funcionar através do mercado” e que é “contra o neoliberalismo por imperativo da moda” e disse que o Tratado de Lisboa é “o filhote que [os lideres europeus] não quiseram enjeitar apesar de ser o patinho feio”.
“Somos europeus e pela Europa sim senhor, mas somos contra a Europa neoliberal que quiseram constitucionalizar, a morte à ditadura europeia querem agora impor sem lhes pedirem opinião, a questão decisiva reside em saber que Europa queremos: não queremos a Europa que eles construíram, queremos princípios de solidariedade social e não a violência da concorrência sem limites, uma Europa livre de e não de joelhos perante o império norte-americano”, acrescentou António Avelãs Nunes.
O professor de Coimbra exaltou ainda os “afectos e valores democráticos fiéis aos princípios da solidariedade social, pela paz e no combate ao racismo, à xenofobia e à exclusão social”.
 

CDU apresenta candidatos ao PE

Sobreda, 30.03.09

 

Hoje, às 18 horas, na nave central do Mercado da Ribeira (ao Cais do Sodré), tem lugar o acto público de apresentação da lista completa dos candidatos da CDU às eleições para o Parlamento Europeu.
O gabinete de imprensa da CDU divulgou, entretanto, os quatro nomes que se seguem a Ilda Figueiredo, a cabeça de lista, por esta ordem: João Ferreira (biólogo e que exerceu as funções de presidente da Associação Portuguesa de Bolseiros de Investigação Científica), Ana Rita Carvalhais (professora e dirigente do sindicato dos professores da Região Centro e do secretariado da Fenprof), Francisco Madeira Lopes (Partido Ecologista “Os Verdes”) e Pedro Guerreiro (actual deputado no PE).
A primeira candidata, Ilda Figueiredo, fora anunciada em Janeiro e Cláudia Madeira, do Partido Ecologista “Os Verdes”, integra também a lista.

Ter ou não ter prefixo: eis a questão!

Sobreda, 30.03.09

«A força e a vitalidade do PCP são de tal ordem que quem por lá passou, nem que fosse de raspão, fica para o resto da vida com o epíteto de ex-comunista. É algo que se cola à pele e que não sai com juras de arrependimento ou actos de contrição.

Os ex-comunistas são quase sempre apresentados como heróis que descobriram a luz e se libertaram das trevas e atirados para lugares cimeiros dos velhos partidos a que aderiram de novo. Mas uma coisa parece ser certa: passadas décadas sobre a sua saída do PCP continua a ser a sua passagem pela militância comunista o facto mais relevante das suas vidas políticas.
Não deixa de ser curioso o facto do prefixo “ex-” não ser usado em mais nenhuma mudança de filiação partidária. Ninguém se lembraria de dizer que Sócrates é ex-PSD, porque começou a sua carreira política na organização de juventude daquele partido, ou que Roseta é ex-PSD e ex-PS, ou que Freitas do Amaral é ex-CDS.
Estou convencido de que os próprios “ex-comunistas” não se conseguem imaginar despojados desse rótulo, tal as marcas que a riqueza da intensa vida partidária, das aprendizagens que só o generoso trabalho colectivo pode proporcionar, lhes imprimiram por debaixo da pele.
Há uns tempos, em conversa com um ex-comunista, verifiquei um facto curioso. Ao fim de algum tempo de diálogo o meu interlocutor falava de forma muito crítica da organização política a que tinha pertencido usando sempre o termo “o Partido”, enquanto que se referia à sua actual família política como “o PS”. Parece-me que muitas destas figuras, quando batem a uma qualquer porta, respondem à pergunta “quem é” como se tivessem ouvido “quem foi”.
Ser ex-comunista é um estatuto que, pelos vistos, aumenta em muito a possibilidade de ser escolhido para um qualquer lugar cimeiro. Eu diria que essa condição funciona como um certificado de qualidade (a formação é uma vantagem competitiva) que o candidato pode sempre apresentar. Deve ser por isso que se o PSD apresentar a Zita Seabra e o CDS a Celeste Cardona, teremos uma comunista e quatro ex-comunistas a disputarem as eleições europeias como primeiras figuras das suas listas.
Se isso acontecer deixo-vos um conselho: escolham a que não tem prefixo. A garantia de qualidade aumenta exponencialmente».
 

Jovens exigem mudanças nas políticas de emprego

Sobreda, 29.03.09

Algumas centenas de jovens desfilaram ontem pela Baixa de Lisboa, numa manifestação organizada pela GTP-IN, reclamando mudanças das políticas de emprego.

“Quem luta sempre alcança, queremos a mudança” e “É preciso que isto mude, emprego para a juventude” eram algumas das 'palavras de ordem' da manifestação, que percorreu durante a tarde algumas ruas da Baixa de Lisboa, terminando com um 'mini-comício' do secretário-geral da CGTP.
Na sua intervenção, Carvalho da Silva utilizou, aliás, diversas vezes a palavra ‘mudança’, exigindo alterações nas políticas do Governo. “Uma das maiores nódoas deste Governo é a legislação laboral”, sublinhou, considerando que “o progresso não é possível com estas políticas” porque na prática o que o executivo tem oferecido é “mais precariedade, baixos salários e desemprego”.
“É criminoso dizer que os direitos sociais e laborais têm de ser diminuídos em relação ao que os vossos pais e avós tinham”, acusou, insistindo que “Portugal tem todas as condições para ser um país onde, no futuro, se viva melhor. Não aceitem a regressão das condições de trabalho”, pediu Carvalho da Silva aos jovens que o ouviam na Praça da Figueira.
Elegendo o fim do trabalho precário como “uma prioridade”, o secretário-geral da CGTP-IN incentivou ainda os jovens a continuarem a lutar porque “é preciso que isto mude”.
Ainda durante a manifestação, que começou no Rossio, subiu a Rua do Ouro, desceu a Rua da Prata e terminou na Praça da Figueira, os jovens receberam o apoio e solidariedade do secretário-geral do PCP. “No mínimo tinha a exigência de estar solidário com estes jovens”, disse aos jornalistas, junto à Rua Augusta, onde assistiu à passagem dos manifestantes.
Criticando as políticas seguidas nos últimos anos, que elegeram os jovens como “alvo preferencial”, Jerónimo de Sousa recordou que é entre os mais novos que existe um maior número de trabalhadores precários. Além disso, acrescentou, são também os jovens a serem despedidos.
Em declarações aos jornalistas ainda antes do início da manifestação, o secretário-geral da CGTP-IN estimou que existam entre 23 a 25% trabalhadores precários em Portugal. “É o terceiro país da União Europeia com maior percentagem de trabalhadores precários”.
 

A CDU apresenta-se como a única alternativa credível

Sobreda, 29.03.09

«A CML não tem de ser um contrapoder em relação ao poder central, mas também não pode ser uma pura e simples sua extensão para a Capital. E não deixa de ser irónico que o actual presidente António Costa frequentemente tropece nas leis e medidas da responsabilidade do ex-ministro da Administração Interna António Costa…

Em rigor, deveria falar – e teremos de o fazer aos lisboetas – do péssimo trabalho da maioria PS/António Costa no relacionamento e descentralização com as Juntas de Freguesia e com as colectividades lisboetas; teríamos de falar na completa ausência de uma política cultural consistente, tão importante para uma urbe como a nossa Lisboa; teríamos de falar da completa derrapagem da vital reabilitação urbana, teríamos de falar sobre os avanços no conceito de privatização e esvaziamento de serviços públicos como a limpeza (num insistir em métodos que a presente crise brutalmente tem revelado prejudiciais e inoperantes); a ausência de uma clara política que contrarie o despovoamento de Lisboa ou uma idêntica ausência de uma política para a juventude, para o desporto, para a educação ou os patéticos fogos de vista relativamente ao degradado espaço público, de que o verdadeiro e fiel retrato são operações como as conduzidas com as «privatizações» tipo Praça das Flores ou «fórmula 1 na Avenida da Liberdade», sem falar nesse insulto ao bom senso e ao bom gosto (que falta nos fizeram então um Eça ou um Ramalho…) das inconcebíveis «decorações de Natal» congeminadas pelo outrora trauliteiro e barulhento paladino de tudo que foi o vereador Sá Fernandes, aliás, ex-BE e ex-paladino…
De resto, o que se passou com esta vereação no seu todo é outra lição a merecer breves comentários, que a realidade fala por si. O BE e o seu vereador foram a imagem da confusão, da fuga aos compromissos, da incoerência e do desrespeito pelo eleitorado; os Cidadãos por Lisboa da vereadora Helena Roseta percorreram o mesmo caminho, tendo-se contudo atrasado um bocado quanto à distribuição de cargos… Mas sempre se arranjou qualquer coisita e lá estão, lado a lado com António Costa, todos os dias na Câmara e bramando de vez em quando na Comunicação Social…
O PSD acantonou-se na AML, é a imagem mesma do desnorte que nacionalmente o caracteriza com Vereadores a votarem de uma forma e os deputados municipais doutra, para não falar de pormenores como a assiduidade ou a intervenção enquanto força política.
Temos pela frente tarefas e exigências complexas. Mas não partimos do nada. Muito pelo contrário.
Temos obra feita, experiência e trabalho e intervenção consistentes, estudados, coerente, somos sobretudo fiéis aos compromissos que tomámos com os votos que nos foram confiados e com todo o povo de Lisboa.
A crise em Lisboa começou há oito anos. Só a CDU a ela se opôs, só com a CDU será possível responder-lhe.
Temos projectos, temos da política e da Cidade uma visão nobre, responsável, exigente que cimentou na prática em três décadas palavras que mantêm toda actualidade: trabalho, honestidade e competência.
Estamos aqui, sobretudo, para anunciar que, convosco, Lisboa e o seu povo podem continuar a contar connosco.
Para anunciar que somos a força política que não teme, não hesita, não abandona, não mente, não desiste. Que somos a garantia que há alternativa à política de direita, que há alternativa à crise, que há uma política ao serviço dos trabalhadores e do povo, que dar força à CDU é tornar possível a alternativa, é dar força à alternativa.
Resta trabalhar. Mas isso, nós sabemos fazer. É da classe operária e dos trabalhadores que vimos. Com eles aprendemos e continuamos a aprender!
Ao trabalho, pois, camaradas e amigos! Viva a Coligação Democrática Unitária! Viva a CDU!»
 
Ler intervenção de Ruben de Carvalho no Hotel Roma, dia 26 de Março de 2009, IN http://cdudelisboa2.blogspot.com/2009/03/apresentacao-de-candidatos-cml-e-cml.html

Um PDM na gaveta

Sobreda, 29.03.09

A CML tem aprovado propostas da CDU, mas os vereadores do PS têm-nas metido na gaveta!

«Entre estes casos conta-se uma questão maior que é o da revisão do Plano Director Municipal. Daria ela para estarmos aqui largas horas só para contar as suas tristes vicissitudes, mas permitam-me que sublinha um aspecto (e lá regressamos a essa urbana questão do tempo!) que, com os comunistas fazendo parte do executivo camarário, o primeiro PDM de Lisboa entrou em vigor em 1994 e deveria ter sido substituído por novo plano dez anos depois, em 2004. Os trabalhos da sua revisão estavam em curso quando da infausta entrada de Santana Lopes nos Paços do Concelho e a sua total paralisia foi um dos primeiros e mais significativos actos desse infausto período para Lisboa.
Os Vereadores e Deputados Municipais comunistas e dos seus aliados na CDU travam esta batalha há anos: há 5 que o actual PDM deveria ter sido substituído. Correspondeu a mudança das eleições intercalares a uma modificação deste grave estado de coisas? Não.
O urbanismo do PS de António Costa e Manuel Salgado na Câmara tem-se caracterizado por uma operação, seguramente mais hábil que a da tosca política direita de Santana Lopes ou Carmona Rodrigues (e talvez por isso mesmo mais condenável), mas conducente exactamente às mesmas consequências de desregulamento, ausência de correcção de desmandos, definição de regras urbanísticas que sirvam a cidade e não a especulação imobiliária.
O processo é simples: a revisão do PDM marcha a passo de caracol, umas vagas reuniões condimentadas com umas manifestações de intenções e umas declarações em esparsos discursos. Na prática – nada.
Entretanto, a Câmara multiplica, com os mais diversos pretextos, planos e projectos parcelares em zonas estratégicas: o Parque Mayer, Alcântara, Boavista, zona oriental, enterra plano como o PUZRO. O resultado é previsível: quando finalmente se avançar para um Plano Director Municipal não teremos um PDM que estruture a actividade urbanística da Câmara e dos operadores urbanísticos, mas sim um PDM condicionado pelas consumadas situações acordadas entre a actual Câmara e os operadores urbanísticos!
Esta metodologia – chamemos-lhe assim, por comodidade de linguagem… - relativamente ao PDM permite que se introduza aqui uma outra negativa característica da actual política da Câmara PS/António Costa: entre estes «operadores urbanísticos» que são hoje os privilegiados interlocutores do município lisboeta conta-se o poder central, isto é, para falar inteiramente claro, o governo socialista de José Sócrates.
Quotidianamente a Câmara ajusta a sua política à agenda do governo e à sua política, hoje universalmente aceite como a mais à direita seguida desde o 25 de Abril (…)
Poderíamos enumerar casos sobre casos, mas recordamos apenas a situação relativamente às operações eleitoralistas da frente ribeirinha a propósito do centenário da República, os confusos acordos com a estatal Administração do Porto de Lisboa (cujo aspecto mais destacado é o caso do contrato da Liscont de Jorge Coelho e do terminal de contentores de Alcântara), a inoperância face a decisões da Carris e do Metropolitano que afectam gravemente o problema de transportes públicos, as indefinições do aeroporto da Portela, da terceira travessia do Tejo e dos seus impactos em Lisboa (note-se, por exemplo, como aqui se pretende contrabandear o famoso e polémico projecto da «circular das colinas»!), o TGV, a passividade municipal às operações imobiliárias governamentais envolvendo quartéis, prisões, hospitais (com evidente impacto no tecido urbano e na vida dos lisboetas), a operação imobiliária da transferência do IPO para a zona oriental da cidade (em terreno oferecido pela Câmara) sem se saber qual o negócio dos terrenos de Palhavã, a polémica em torno da utilização das verbas do casino (sem dúvida, a mais notoriamente mimosa e esclarecedora herança deixada por Santana Lopes ao povo de Lisboa!), as operações cosméticas sobre um problema tão sentido pelos lisboetas como o da segurança e a acção da PSP sem uma posição clara da Câmara sobre essa responsabilidade governamental – e tantos, tantos outros casos.
Ao trabalho, pois, camaradas e amigos! Viva a Coligação Democrática Unitária! Viva a CDU!»
 
Ler intervenção de Ruben de Carvalho no Hotel Roma, dia 26 de Março de 2009, IN http://cdudelisboa2.blogspot.com/2009/03/apresentacao-de-candidatos-cml-e-cml.html

Relógios voltam a adiantar uma hora

Sobreda, 28.03.09

A hora de Verão vai chegar no último domingo de Março, dia 29, devendo os relógios em Portugal ser adiantados 60 minutos em todo o país, de acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa.

Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios devem ser adiantados 60 minutos às 1h00 de 29 de Março, passando para as 2h00.
A mudança ocorre mais cedo na Região Autónoma dos Açores, onde, às 00h00 de 29 de Março, os relógios deverão ser adiantados uma hora 1.
A próxima mudança de hora, para a hora de Inverno, vai ocorrer no último domingo de Outubro, ou seja, dia 25.
Durante todo o período em que vigorar a hora de Verão, Portugal terá mais uma hora do que o tempo universal coordenado (UTC).
A mudança da hora prende-se com a necessidade de não haver desfasamento solar, aproveitando-se o melhor possível a luz nas diversas actividades 2.
 

Cidades portuguesas apagam luzes para alertar para alterações climáticas

Sobreda, 28.03.09

Sete cidades portuguesas juntam-se hoje, pela primeira vez, a mais 3.000 no Mundo que durante uma hora vão 'ficar às escuras' para alertar para a necessidade de medidas urgentes contra as alterações climáticas.

Durante uma hora, locais e monumentos emblemáticos de Lisboa, Tomar, Águeda, Vila Nova de Famalicão, Funchal, Almeirim e Guimarães vão ficar apenas iluminados pelas estrelas entre as 20h30 e as 21h30 de sábado, no âmbito da ‘Hora do Planeta’, uma iniciativa do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), que visa alertar para a necessidade de se adoptarem medidas urgentes contra as alterações climáticas.
A responsável pela comunicação da WWF-Portugal explicou que a acção é “simbólica e pretende alertar as pessoas para a necessidade de, na sua vida quotidiana, pensarem na pressão que exercem sobre o planeta, e reduzirem a sua 'pegada' ecológica”.
À iniciativa mundial da WWF deste ano “aderiram já 3.000 cidades de 81 países”, o que, segundo estimativas desta entidade, vai levar “mil milhões de pessoas a apagarem as luzes durante uma hora no Mundo, cerca de 500 mil em Portugal”.
É a primeira vez que Portugal adere ao movimento, dois anos depois da primeira edição, em 2007, que levou “dois milhões de pessoas a apagarem as luzes em Sidney”, Austrália, reduzindo “o consumo de energia eléctrica em cerca de 10%. Isto só em Sidney. Esperamos que mil milhões de pessoas apaguem as luzes, mas esse número vai ser largamente ultrapassado: vamos dar uma oportunidade ao Planeta para se regenerar”, salientou a responsável do WWF-Portugal
Segundo a responsável, todos “os portugueses estão convidados a apagar as luzes das suas casas e poupar”.
A Ponte 25 de Abril, o Cristo Rei, o Palácio de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Padrão das Descobertas, o Castelo de São Jorge, os Paços do Concelho e o Museu da Electricidade são alguns dos muitos espaços da capital que vão “estar de luzes apagadas” durante 60 minutos.
No entanto, esta iniciativa pode ser “perturbadora da segurança da rede” e “provocar instabilidade de transporte da energia eléctrica a nível europeu”, conforme o presidente da empresa que gere as redes de transporte de electricidade em Portugal (REN), pois, “teoricamente, se houver uma grande adesão, poderá haver alguma perturbação da rede”, quando, em simultâneo, todos decidirem reacender as luzes.
As preocupações da REN resultam do funcionamento dos geradores que colocam a energia da rede, que têm de estar equilibrados com o consumo, uma vez que quando não há consumo a energia injectada na rede está em sobrecarga, o que pode destruir os pontos de rede.
Confrontada com esta possibilidade, a responsável do WWF Portugal disse que “a REN não alertou a organização” para estes eventuais problemas, explicando que quando a iniciativa foi lançada “houve um contacto com a EDP”, que garantiu que “haveria um ajuste de rede” e que o consumo menor na noite da acção “seria controlado”.
[Esperemos para… ver ou ficar às escuras]
 
Ver Lusa doc. nº 9481469, 26/03/2009 - 15:23

Mercados procuram sobreviver

Sobreda, 28.03.09

A vereadora com o pelouro do abastecimento na CML diz que andou de bloco e caneta em punho em alguns mercados da cidade, em missão de investigação. E disse que as conclusões a que chegou nem sempre foram lisonjeiras: no Lumiar, por exemplo, encontrou produtos básicos, como batatas e cebolas, mais baratos no supermercado.

Por isso, algumas das iniciativas que vai propor aos comerciantes passam precisamente por criar um dia da batata ou um dia da cebola, para que a baixa de preço de determinado produto possa aumentar a afluência de visitantes. No fundo, uma estratégia parecida com aquela que é praticada pelos supermercados.
O facto surge na sequência de, na reunião do executivo da CML, a vereadora ter sido confrontada pelos eleitos do PCP com a degradação a que chegou o mercado de Sapadores.
E a deterioração a que chegou o exterior do edifício não é o único problema: segundo o comunista Carlos Moura, “a limpeza é deficiente, os mata-moscas não funcionam e os produtos frescos não têm acesso às câmaras frigoríficas”, apesar das rendas pagas pelos comerciantes à autarquia. A maioria socialista que governa o município tem vindo a prometer obras para aquele local, mas até agora elas não aconteceram.
Agora, a CML quer que os mercados municipais da cidade prolonguem o seu horário de funcionamento pelo período da tarde, sob pena de desaparecerem por inadequação às necessidades da clientela.
Ou seja, à hora a que a maior parte das pessoas sai do emprego só há um sítio onde podem comprar peixe fresco: nos supermercados. E já são poucos os que têm tempo de se abastecer antes de ir trabalhar. Nas praças, as peixeiras queixam-se da crescente perda de clientela, mas têm-se mostrado pouco dispostas a abrir mão da parte da tarde, com o argumento de que iniciam a jornada de trabalho logo de madrugada.
Donde, “se os comerciantes dos mercados não se adaptarem às necessidades da população, acabarão por ter que fechar”, observa a vereadora, que vai tentar convencer peixeiras, talhantes e vendedores de frutas e hortaliças das vantagens de praticarem um horário alargado.
Já em Benfica, Campo de Ourique e Alvalade, as coisas nem vão mal: há clientela com fartura. Mas o mesmo não se passa no popular Mercado da Ribeira, no Cais do Sodré, onde, nos últimos tempos, fecharam vários talhos e os turistas dificilmente encontram qualquer atractivo que os leve a abrir os cordões à bolsa, apesar das tentativas de promover o espaço para os visitantes estrangeiros.
Para este espaço, os planos especiais podem passar pelo regresso do mercado das flores, que até há poucos anos ali tinha lugar várias tardes por semana, e também mercados de produtos biológicos, de artesanato e de roupa usada. Sempre depois da hora de almoço. São estes os engodos com que a autarca conta para convencer os comerciantes tradicionais deste espaço a continuar a venda da parte da tarde: o afluxo de outro tipo de clientela.
 

Apresentação dos candidatos da CDU à AML e à CML

Sobreda, 27.03.09

 

«O acto de cidadania que hoje nos reúne exprime antes de tudo o mais uma afirmação de vontade e determinação, mas traz consigo bastante mais que alarga o seu significado e ilumina as razões e objectivos que nos trouxeram aqui. Temos pela frente um ano político duro e difícil no qual iremos travar batalhas eleitorais em condições especialmente complexas (…)
Há oito anos iniciou-se - com especial virulência política e de classe, tanto quanto insensatez e ausência de ética - um período que se reflectiu em todos os aspectos da vida quotidiana de Lisboa, das condições de vida da população cuja expulsão da urbe se acentuou até aos caos administrativo e à corrupção declarada na administração municipal.
Tivemos, nós, a CDU, oportunidade de, há quatro anos denunciar o que se passara no mandato que terminara e anunciámos o que se passaria se o rumo não fosse corrigido. Tínhamo-lo, de resto, feito com vigor e coragem ao longo de todo esse tempo: os eleitos da CDU na CML e na AML foram os únicos - e não hesito um segundo em afirmar exactamente, os únicos - a, dia a dia, tomar a defesa da Cidade (e vale recordar os belos versos de Goethe quando cantou que «o que é a cidade se não o povo»?).
Foram quatro anos de luta denunciando os atropelos, os escusos negócios, os erros criminosos da gestão de Santana Lopes, de Paulo Portas, de Carmona Rodrigues, do PSD e do CDS, sempre com o apoio ou a complacência dos eleitos do PS e as trapalhadas e contradições do BE.
Tínhamos, infelizmente razão e bastaram poucos mas longos meses (22, para que deixemos o tempo dar a necessária exactidão à História e à memória) para que a direita no poder municipal conduzisse a Câmara ao colapso. Ao colapso financeiro pelos negócios e pela cedência à especulação imobiliária, ao colapso orgânico e funcional pela desrespeito pelos trabalhadores e pela incompetência da gestão, ao inevitável colapso político (no fundo, o colapso político e ético onde tudo o resto tinha a sua origem) conduzindo a uma vergonhosa sucessão de investigações, processos judiciais, inquéritos, indignos de Lisboa, indignos da Cidade capital do País.
Vivemos nos últimos dois anos uma situação à qual de todo se aplica uma frase célebre, a demonstrar que vale a pena aprender com a História: com os resultados das eleições e a nova maioria (ou, como ironicamente tem sido conhecido, a maior minoria…) do PS, mudou alguma coisa para que tudo ficasse na mesma…
Tem sido constante no discurso do presidente António Costa a alegação que encontrou uma Câmara endividada e caótica, assim se justificando a ineficácia da actual gestão socialista. Seria conclusão lógica que seria então necessário mudar a responsável política de direita - não continuá-la, como sucedeu.
Quanto à situação financeira, interessa deixar claro que sendo, como sempre dissemos, grave o endividamento do município, dois aspectos da inteira responsabilidade da actual maioria prolongaram os problemas: em primeiro lugar, a inexactidão, a falta de clareza e rigor com a qual essa situação e respectivos problemas foram quantificados e discutidos, quer pela Câmara, quer pela Assembleia Municipal. Andámos a saltitar de 600 milhões de euros para os 450, depois para 360, com várias parcelas, somas e subtracções pelo meio; em segundo lugar, o conflito absurdamente aberto por António Costa com o Tribunal de Contas, manifestação aliás de um pendor autoritário e agreste que outras manifestações teve, nada compagináveis com uma exigível cultura democrática.
Quanto à situação orgânica da Câmara, foi - em princípio - resolvido o problema dos trabalhadores com vínculo precário - uma exigência desde sempre apresentada pela CDU - mas pouco ou nada se avançou noutros aspectos fundamentais como os problemas do tecido empresarial municipal, as carreiras e a estrutura da Câmara, sendo indispensável recordar aqui que foi tónica (recentemente denunciada pelos Vereadores comunistas) deste mandato, a Câmara aprovar propostas da CDU e os Vereadores do PS meterem-nas na gaveta! (…)
Ao trabalho, pois, camaradas e amigos! Viva a Coligação Democrática Unitária! Viva a CDU!»
 
Ler mais na intervenção de Ruben de Carvalho no Hotel Roma, dia 26 de Março de 2009, IN http://cdudelisboa2.blogspot.com/2009/03/apresentacao-de-candidatos-cml-e-cml.html

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