Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CDU LUMIAR

Blogue conjunto do PCP e do PEV Lumiar. Participar é obrigatório! Vê também o sítio www.cdulumiar.no.sapo.pt

CDU LUMIAR

Blogue conjunto do PCP e do PEV Lumiar. Participar é obrigatório! Vê também o sítio www.cdulumiar.no.sapo.pt

Será que em eleições vale tudo?

Sobreda, 08.10.09

A simplicidade da questão poderá parecer banal, depois de tudo o que algumas forças políticas afirmam e desmentem logo de seguida, durante as iniciativas partidárias de campanha eleitoral ou algures na comunicação social. Por vezes tenta-se prender o voto do eleitor através do logro da ‘invenção da roda’ ou de voltar a prometer para ‘amanhã’ o que já estava planeado há anos. No entanto, eleitor alertado vale por dois.

Nestes dias que antecedem as eleições autárquicas ‘nasceu’ mais uma vedação premonitória de obra. Neste caso, na Azinhaga dos Ulmeiros, junto ao Templo Hindu Mahatma Gandhi 1 e às traseiras da Quinta de Nossa Srª da Paz.
 

 

A placa informativa apenas apresenta uma simples planta, existente na respectiva Divisão Municipal há já um par de anos atrás, mas sem qualquer data de início ou conclusão da obra, qual a empresa ou qual o responsável e custo da intervenção. Tudo isto, claro, a escassos dias das eleições autárquicas. Ora pois…

Curiosamente, o anúncio de obra no local já se arrasta na (p. 4 da) Informação Escrita do Presidente da CML, pelo menos desde Setembro de 2007 e tem constituído uma repetida falácia do executivo municipal 2. Será agora uma obra para avançar? Vejamos então o duplo aproveitamento político. Comecemos por ‘espreitar’ o jardim por detrás do cartaz. 

 

 

O estaleiro da ‘obra’ está muito avançado: tem o gradeamento do costume, as máquinas já devem vir a caminho (talvez ainda antes das eleições) e a ‘erva’ do jardim é muito promissora. Para sala de entrada em espaço verde até está ‘razoável’. Passemos agora à sala de estar.

 

 

 

 

O aparelho receptor digital encontra-se no local apropriado e a festa de inauguração deve ter sido de arromba, visto os recipientes das bebidas se encontrarem espalhados pelo chão.
Mas há mais: ou seja, há ainda uma 2ª parte do aproveitamento político. É que o folheto com o programa eleitoral de uma das forças políticas candidatas à Assembleia de Freguesia do Lumiar anuncia assim, no topo da página 7:
“O que fizemos no Lumiar”. “Requalificação e ampliação do Jardim Mahatma Ganghi” (sic, com gralha e tudo).
Ou seja: ainda agora lá foi colocado o gradeamento, mas já se tem o desplante de publicitar o logro de ‘obra feita’. Será que em campanha eleitoral vale tudo? Será que se pensa que os moradores no local são tolos, para se deixarem levar por ‘papas e bolos’?
 
Em alternativa, a Coligação Democrática Unitária apenas promete a qualidade do seu habitual desempenho, com o reconhecido lema de ‘Trabalho, Honestidade e Competência’.
 
3. Há poucos dias atrás tínhamos noticiado outro ‘parto’ IN http://cdulumiar.blogs.sapo.pt/556746.html e IN http://cdulumiar.blogs.sapo.pt/508581.html

Do Jardim Caldeira Cabral ao NAT Nascente

Sobreda, 04.10.09

 

Nem só de espaços degradados se ‘fazem notícias’. Por vezes, algumas zonas lúdicas dispõem de pequenos recantos de lazer, como no caso do Jardim Caldeira Cabral, em Telheiras, junto à estação do Metro 1.

 

 

Mas do lado nascente deste espaço verde, os moradores assistem ao reverso da medalha 2. É o caso do NAT Nascente de Telheiras, de que já antes, neste blogue, se dera notícia 2.
Para o local, a EPUL insiste na pretensão de construir mais um novo edifício - o R4/5 - na esquina entre as Ruas prof. Francisco Gentil e Eduardo Araújo Coelho. No entanto, este espaço está classificado em PDM como “Quinta e Jardim Histórico” e faz parte do sistema verde seco da Estrutura Ecológica Urbana da cidade.
Por isso os moradores insistem na integral preservação da Quinta de Sant'Ana, como património verde local, sugerindo, também, a edificação de hortas pedagógicas, em memória da que até há 2 décadas atrás lá existiu.
 

Canavial a mais e árvores a menos

Sobreda, 10.07.09

Eis a mais vasta zona expectante da Quinta de Santo António, junto à Clínica Psiquiátrica de São José (ao fundo na imagem).

Para o local, existe mesmo uma planta onde se prevê um estabelecimento público de ensino básico, mas que não se sabe se, na sequência da actual revisão do PDM em curso, continuará a constar na Carta de equipamentos educativos do município de Lisboa.

 

 

 

No mínimo convinha que CML ou Junta de Freguesia do Lumiar providenciassem no corte de matagal, onde se sabe residir, pelo menos, uma colónia de ratos e outros rastejantes. Aliás, há muito que este aviso aqui foi dado 1. 

 

 

E já agora, porque não preenche, a mesma Junta, as duas caldeiras da ‘ilha’ pedonal que lhe fica fronteira, com as respectivas árvores há tanto tempo para ali solicitadas?
Por desconhecimento não será. concerteza 2.
 

Já há caixote e lixo também

Sobreda, 09.07.09

Poderá ter demorado uma ‘eternidade’, pois desde há mais de 6 anos que vem sendo reivindicado pelos utentes e moradores do local, mas eis que finalmente ‘nasceu’ um caixote de lixo junto à paragem da carreira 47, em frente ao hipermercado, na Av. das Nações Unidas.

Neste blogue se dizia há quase 3 anos o seguinte:
Eis “o estado de permanente conspurcação do espaço público com todo o tipo de dejectos alimentares junto à paragem da carreira 47 da Carris, na Av. das Nações Unidas, em frente ao hipermercado”. “Trata-se de situações para as quais a CDU tem insistentemente denunciado e proposto soluções, através dos seus eleitos nas Assembleias de Freguesia e Municipal...” 1

 

 

 

Custou, mas foi. Agora só era preciso que o Departamento respectivo da CML (a DHURS) se lembrasse de o esvaziar com alguma frequência.
 

CDU contra a suspensão do PDM em Monsanto

cdulumiar, 23.06.09

 
monsanto.jpg

Foi publicado no «Diário da República» o diploma legal que suspende o Plano Director Municipal de Lisboa em parte significativa do Parque de Monsanto para a construção de uma subestação da EDP.

A discussão verificada na Câmara Municipal por duas vezes manifestou claramente que, à excepção do PS e de Sá Fernandes, nenhuma outra força política concorda com a suspensão do PDM e muito menos sem estudo de Avaliação de Impacte Ambiental para a construção em Monsanto de uma nova subestação no Zambujal.

O aval a este procedimento não serve a requalificação e protecção do Monsanto; contraria os procedimentos legais normais para este projecto; e, não menos grave, coloca, sem contrapartidas significativas, uma parcela municipal nas mãos de uma empresa privada, cujos objectivos de mero serviço público são questionáveis, levantando suspeitas de condições menos onerosas de realização da obra face às possíveis alternativas.

Ler mais...

Recomendação sobre o ‘Parque Urbano Carnide-Telheiras’

Sobreda, 05.06.09

No passado dia 26 de Maio, o Grupo Municipal de “Os Verdes” apresentou na Assembleia Municipal de Lisboa, uma Recomendação a propósito do ‘Parque Urbano Carnide-Telheiras’, adjacente ao Lar Maria Droste 1, a qual foi APROVADA com os votos de todos os grupos municipais, com excepção do PS.

A Moção aprovada pela AML recomenda à CML que:
- deve sempre, prioritariamente, acautelar os interesses de Lisboa perante o Estado, bem como proteger a qualidade de vida dos seus moradores;
- rejeitar sugestões de alteração ao PDM que apenas sirvam os interesses financeiros do Governo ou de grupos imobiliários, não salvaguardando o património verde da cidade;
- estude a viabilidade de, em sede de revisão do PDM, integrar os referidos terrenos ‘Maria Droste' num Parque Urbano para usufruto, não só da população de Carnide e de Telheiras, mas de toda a cidade de Lisboa.
No texto “Os Verdes” referem que “a propriedade é uma zona expectante com cerca de 6 hectares, que se estende por uma encosta aberta a sul, localizada a poente de Telheiras, actualmente ocupada com vegetação e uma casa no extremo inferior, próxima de eixos rodoviários como a 2ª Circular e o Eixo Norte-Sul, as Ruas Fernando Namora, Prof. Jorge Campinos e a Travessa da Luz, tratando-se de uma zona já muito densamente povoada, com edificações do segmento médio-alto e alto”.
Alertam “que as pressões do Governo sobre o município, para que este harmonize o PDM às necessidades de encaixe financeiro do Governo, tem em vista permitir uma valorização do terreno, através da alteração do uso do solo, em sede de Plano Director”.
Ora, “no actual PDM, este terreno destinava-se à instalação de equipamentos colectivos e, de acordo com a actual proposta de revisão do PDM, projecta-se que passe a ter um uso de fruição pela população, ou seja, passar a ser uma área verde de recreio e lazer, tão necessária aos moradores daquela zona”.
Donde, “se o PDM for adequado para possibilitar a construção de edifícios com utilização mista (habitação e escritórios), apesar da actual conjuntura, este terreno passará a ser muito apetecível para o sector imobiliário, reduzindo os escassos espaços verdes que servem uma área adjacente com elevado índice de construção” 2.
À CML compete agora, tão só, implementar a deliberação maioritária da AML.
 

Uma Quinta sem Paz

Sobreda, 02.06.09

Lisboa possui diversas quintas históricas e a CML demasiados planos de alienação do seu património. Será que não “há vida para lá dos hotéis de charme ou de luxo”? 1

Refere a CML que para as Quintas de Nossa Senhora da Paz, no Lumiar, e para a de Conde d’Arcos, nos Olivais, tem previsto um par de empreitadas de obras.
Nesta última projecta-se que venha a funcionar uma escola de artes e ofícios tradicionais 2, o que, aliás, não é nada de novo, pois já lá funcionam as escolas de calceteiros e de jardineiros 3.

 

 

Para a Quinta e Palacete sitos no Paço do Lumiar nada se diz. Sobre qual a profundidade da intervenção e com que finalidade nada se esclarece. A ameaça de alienação patrimonial nunca foi afastada pelo município. Eis uma Palacete com futuro incerto e uma Quinta sem Paz.
 
2. Ver Público, 2009-04-22, p. 16

Escola de Lisboa com terreno cultivado por centenas de mãos

Sobreda, 27.05.09

Na Escola 34, na Alta de Lisboa, ao Lumiar, onde estudam 330 crianças com idades entre os 3 e os 14 anos, houve em tempos um matagal que deu lugar a uma horta, que rapidamente se transformou na menina-dos-olhos dos professores, auxiliares e alunos.

Num terreno lavrado e cultivado por muitas mãos, na Alta de Lisboa, crescem couves, favas, feijões, ervilhas, batatas, cebolas, cenouras, pepinos, pimentos e outras espécies hortícolas. No ano lectivo passado, as abóboras transformaram-se num doce que foi comido com tostas por todos os alunos, junto de quem se tenta, através do projecto da horta, promover uma alimentação mais saudável.
É por isso que para este ano lectivo estão reservadas para a festa do dia das bruxas. Os pais contribuíram para a plantação com sementes e plantas, e são também eles os principais clientes compradores dos produtos que os alunos vendem à porta da escola sempre que há colheitas.
Também naquele bairro da Alta de Lisboa poderá nascer nos próximos tempos uma outra horta, esta comunitária, sonhada por um morador e arquitecto que tem vindo a recrutar futuros hortelões. O mentor da ideia adianta já que conseguiu convencer “mais de 40” e precisa que vai tentando tentar reunir o maior número de apoios para o projecto, incluindo o necessário terreno.
Uma das ambições desta horta comunitária é aproximar os moradores realojados naquela zona da cidade dos que lá compraram casa, contribuindo para uma maior harmonia entre este ‘mix social’ e para o aumento do sentimento de pertença dos próprios ao todo da comunidade. A produção, explica o arquitecto paisagista Jorge Cancela, será biológica e a zona a cultivar terá que ter "um acesso relativamente fácil, seja de automóvel, seja pedonal", além de fornecimento de água e uma vedação.
O projecto e a eventual cedência de um terreno por parte da Câmara Municipal de Lisboa já estão a ser analisados pelos serviços da autarquia, garante aquele arquitecto paisagista.
No mesmo sentido, e segundo a CML, que aponta os exemplos das hortas no Vale Fundão e no Bairro Padre Cruz, o desafio da autarquia é intervir nas hortas comunitárias já existentes, algumas das quais em espaços privados e que não têm fornecimento de água ou acessos em condições, garantindo que nenhum dos hortelões deixa de ter um espaço de cultivo.
A autarquia diz que o seu plano é mais ambicioso e inclui, num prazo de dois anos (sempre os prazos das ‘calendas gregas’), a criação de hortas em Campolide e Telheiras, e que tentará melhorar os espaços já existentes na Quinta da Granja, Vale Fundão e Bairro Padre Cruz.
 

CDU em defesa do Parque Trancão

Sobreda, 02.05.09

 

 

Esta caminhada da CDU representa a defesa do Parque do Trancão, numa acção da luta contra a entrega de terrenos à especulação imobiliária e ao betão, e pela definição, com ampla consulta pública, dum Plano do Parque do Trancão que faça daquela vasta área, vizinha da Reserva Natural do Estuário Tejo, um pólo público de recreio, lazer, cultura e desporto ao serviço da população da zona oriental do concelho de Loures, e da própria Área Metropolitana de Lisboa. Participe!
 

A 'estória' das Quintas Históricas

Sobreda, 23.04.09

A Quinta de Nª Srª da Paz, no Lumiar, e a Quinta Conde d'Arcos, nos Olivais, vão ser alvo de obras. Nesta última vai funcionar uma escola de artes e ofícios tradicionais 1.

Sobre a do Paço do Lumiar, a CML nada esclarece sobre o destino que lhe tenciona dar, apesar das inúmeras deliberações e recomendações aprovadas em sua defesa 2. Há muito que alguns residentes e investigadores ali defendem também a instalação de um Museu Ciência Viva, de apoio aos projectos escolares em toda a zona norte da cidade.
Os Centros Ciência Viva têm como principal objectivo a divulgação da cultura científica e tecnológica junto da população. Representam a moderna museologia da ciência e são espaços dinâmicos de conhecimento e lazer, onde se estimula a curiosidade científica e o desejo de aprender 3.
Também no perímetro nas traseiras desta Quinta, entre o Templo Radha Krishna da Comunidade Hindu em Portugal e o ex-parque de contentores, por inúmeras vezes o Grupo Municipal de “Os Verdes” tem insistido na sua reabilitação e ajardinamento 4.
Sabe-se que a Divisão de Espaços Verdes da CML desde há muito dispõe de um projecto de intervenção para o local, mas o executivo nunca passou de promessas de o tirar da gaveta (mais concretamente, do dossiê que se encontra numa das prateleiras da DEA) e pô-lo em prática.